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  A preocupação com as alterações climáticas e com a segurança de abastecimento, o aumento da procura de eletricidade, as dificuldades crescentes na construção de infraestruturas de distribuição e a necessidade de diversificação das fontes de energia conduziram à adoção de novas políticas energéticas que impulsionaram a integração de fontes de Produção Distribuída (PD) no Sistema Elétrico de Energia (SEE). Inicialmente, estas fontes eram instaladas, apenas, ao nível da Alta Tensão (AT) e da Média Tensão (MT), sendo maioritariamente fontes eólicas, porém com a evolução das tecnologias de PD, atualmente, são instaladas também ao nível da Baixa Tensão (BT) através da ligação de unidades de menor potência.

  O conceito tradicional do SEE era caracterizado pela sua produção centralizada e transporte de energia dos níveis superiores da rede para os consumidores nos níveis inferiores, onde a energia fluía de forma unidirecional. A inserção das fontes de PD levou à alteração da forma de exploração das redes de distribuição, passando de uma exploração passiva, para alimentação de cargas, a uma exploração ativa, alterando assim o paradigma de operação e organização do SEE.

  Neste novo paradigma, a PD está presente em vários níveis (MT e BT) das redes de distribuição, tendo um papel ativo na gestão e operação da rede, tornando, porém, estas atividades mais complexas, uma vez que exige novos mecanismos de gestão e controlo de forma a garantir o correto funcionamento das redes e coordenação efetiva entre estas e as unidades de PD.

Nuno Cadavez Branco Malaquias                                                      Tel: 916070048                                                       Email: ncbmalaquias@gmail.com

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